quinta-feira, 20 de maio de 2010

DECO Proteste

É uma associação de defesa de consumidor ou uma acção de persuasão subliminar?

Isto dos ciclos é bem capaz de ser verdade, caraças


Já dizia aquele cabeludo mal encarado que andava como afta na boca do Cunhal, de fonético braço dado com outra vesícula irritante chamada Lenine, que a história se vai repetindo, num movimento inelutável. É capaz de haver algum acerto nisto. Muda apenas a escala. As coisas não ficam na mesma. Incham. Agora, o cavalo é a Grécia toda e a vítima um continente inteiro.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Escarro, ranho e aliteratura

O Cocó anda sempre a ruminar estas ideias... e quase sempre tem razão. E di-lo chamando os bois pelos nomes. Escarro é exactamente isso. Uma expressão que não habita a literatura, o que faz deste nosso blog aliterato, posto que em três posts seguidos a palavra que não devia sê-lo pontifica. Selada pela nossa insistência nela, aprofundamos o hiato que nos separa de tudo. De todos. Já aliterato, não. Tresanda a erudição. Neológica, compósita e proposital.
Mas há, apesar de tudo, uma diferença entre o escarro e o ranho, Cocó. Como as licenciaturas que para aí pululam. Todas aparentemente iguais na sua excreção, mas com uma diferença: a saída. Para o rendimento social de inserção umas, para o subsídio de desemprego outras. Mas é, ainda assim, uma diferença. Como as há na heráldica. Ainda que se confundam no bas-fond de uma garganta funda, as mucosas sub judice têm saídas diversas. Cavidade oral o primeiro, fossas nasais o segundo. E por um segundo, achei que, primeiro, nos iríamos ocupar, nós, os do blog, das coisas do espírito. Mas não. Falemos de nhanha, inspirados pelos nossos queridos comentadores.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Este blog é um escarro

Disse um comentador no post anterior. E quem sou eu para o contrariar? Escarro é uma daquelas palavras que nunca soará bem por muito que a tentemos disfarçar ou camuflar no meio de palavreado mais erudito. Não estou a ver Camões a cantar as ninfas ou o Gama e prantar semelhante palavra a meio de uma estrofe. Não dá. Simplesmente não calha. Ou calha sempre mal. Um escarro... O esforço gutural que prefigura a passagem das palavras à acção. Da palavra ao ranho. Ranho. Ora aí está outra das tais. Mas não se julgue que fico triste com a classificação que nos deu o enojado leitor. Só quem muito nos odeia é que pode escrever de nós semelhante coisa. E o ódio é o amor do avesso. A criatura tem que gostar muito de nós para nos odiar desta forma. E nós deviamos retribuir o amor que nos tem escrevendo aqui mais qualquer coisa. Mesmo que não valha nada e não passe mesmo de um escarro.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mensagem

Fernando Pessoa era um alterofilista.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Não é uma solitária vaga. É maré, mesmo!




O momento chegou: primeiro, a eleição de Obama. Agora, finalmente, a maré negra!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Alívio ou último suspiro?

Agora que Sócrates e Passos Coelho se entenderam, estou muito mais tranquilo. Os meus amigos não?

Não se espantem com o nosso silêncio

Temos andado a ver os indicadores económicos.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Não estamos na mesma posição que a Grécia

Esquizofrenia

Futebol: somos os terceiros melhores do mundo.
Risco da dívida: somos os segundos piores da Europa.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Em defesa dos círculos uninominais







Educar é missão, vocação, chamamento. Ensinar a ler, a fazer contas, a exprimir-se correctamente. Inculcar valores positivos, como a sã convivência com os seus pares, no saudável respeito das diferenças. E coisas mais prosaicas como saber estar à mesa, dizer com licença quando se arrota inadvertidamente, ou lavar as mãos sempre que se vai à casa de banho. Ou mesmo a dizer casa de banho em vez de quarto de banho, moradia em vez de vivenda, e por ai adiante.
Educar exige disponibilidade, concentração, persistência e espírito de sacrifício. E supõe o estabelecimento de um vínculo profundo entre mestre e discípulo.
Em face de tudo o que se acaba de expor, afigura-se crucial a alteração do sistema eleitoral do país com vista a consagrar os círculos uninominais. Só dessa maneira, conhecendo o rosto do nosso deputado, poderemos aspirar a dar-lhe uma boa educação.

Relatos guineenses

O Kumba Ialá quando o Viriato Pã.

Questões fracturantes

Parto? Não parto?

Romance Haiku - 10

Não sendo dado à mecânica, Agripa era um homem de Áccio.

Romance Haiku - 9

Por vezes Onofre parecia ligado à corrente.

Outras Questões Relevantes

Porque é que, no alfabeto, a seguir ao «V» vem o «X», e não o «VI»?

Diálogos Oníricos - V

- Falando a sério: já sabes o que significa «oníricos»?
- Sempre soube. «Oníricos» vem do latim «omnis + ricus», «todos ricos».
- Pode então dizer-se que «oníricos» significa «relativos a sonhos»?
- Praí.

Annus LX

Annus Felix


Eu tlim ciências

tu tlim matemáticas

ele tlim trabalhos manuais

nós tlim recreio
vós tlim senhora
eles tlim castigo

Paradoxos

Juvenal era um geronte jovial.

Diálogos Oníricos - IV

- Quem é esse Alexandre?
- Não me chamo Alexandre.
- Eu sei. Referia-me ao outro.
- O Alexandre Outro? Não estou a ver...
- Não. O Onírico. O Alexandre Onírico, pá.
- Não faço a mínima. Péra... Pois... não faço a mínima.
- Mas deve ser um Alexandre de sonho.
- És sempre a mesma coisa. Não podes ouvir uma palavra em estrangeiro... "ai-deve-ser-um alexandre-de-sonho-e-tal". Porquê? Vá! Porquê?

Diálogos Oníricos - III

- Porque dizes «a mínima»?
- Não faço onírica.
- Mas conheces alguém que faça?
- Sim.
-Quem?
- O Alexandre.
- Alexandre quê?
- Alexandre Onírico.

Annus Mirabilis

Diálogos oníricos - II

- Porque dizes "não faço a mínima"?
- Foi o máximo que consegui dizer.
- Não digas isso.
- Porra, já disse. Não posso voltar atrás. A cronologia não deixa.
- (Não digas isso)2.
- O quê?
- Não. Isso podes dizer.
- O quê?
- Sim.

Diálogos oníricos

- O que é que quer dizer «oníricos»?

- Não faço a mínima.

Questões Éticas: é legítimo passar com um rolo compressor sobre Marco Paulo?


SIM

Annus Horribilis

Diálogos mesopotâmicos

- Estás com medos?
- Eu?! Vá, fala assírio...
- É que isto anda uma babilónia!
- Pois. Continua assim e temos o caldeu entornado.

Descubra as 10 diferenças


Romance Haiku - 8

Porque a ela lhe apetecia algo bom, o bravo Ambrósio tomou a liberdade de pensar nisso.

Alguns resultados da busca por «Teresa Guilherme» no Google Imagens




Dúvidas bíblicas

Pode um filisteu ser bom samaritano?

Grandes questões do nosso tempo - 1

Nunca serei capaz de compreender o conceito de styling de sobrancelhas que conheci há um par de dias. Fiquei com a sensação de que alguma coisa de muito grave se passa numa sociedade em que as pessoas pagam para que as sobrancelhas lhes sejam “arranjadas” de modo a que, aconteça o que acontecer, tenham sempre a mesma expressão (para além do incómodo que sinto sempre ante o uso abundante e despropositado de barbarismos em gerúndio). Poderá alegar-se, em defesa desta opção, que o interesse em ser expressivo é sobrevalorizado hoje em dia e que há casos em que as sobrancelhas são de tal modo luxuriantes que a única coisa a fazer é desbastá-las sem dó nem piedade sob pena de o estilo Cunhal abundar mais do que o desejável. Admito que este último caso justifique uma acção humanitária rápida e cerce mas já me custa a entender que donzelas com níveis aceitáveis e equilibrados de implantação de penugem na arcada supraciliar invadam os estabelecimentos da especialidade para serem retocadas ficando como se tivessem paralisia facial.
Enquanto outras civilizações cultivam o stiff upper lip as mulheres portuguesas mostram a sua pelando-se, literalmente, por umas stiff eyebrows. O problema é que, enquanto a primeira evoca a tenacidade e o espírito de sacrifício, a segunda transporta-nos directamente para o uso popular da palavra stiff. Em bom rigor… mortis.
Deixem-se disso. Vamos dar as mãos e ser todos pelo direito à sobrevivência pacífica das sobrancelhas em habitat natural. Já salvou uma sobrancelha hoje? De que é que está à espera?

Se todos só gostassem de azul, o que seria do amarelo?


Não faço a mais pequena ideia. Só sei que o amarelo deve evitar-se. Ele é o sorriso e a febre. Até o raio do submarino é amarelo, caraças. E a Amareleja? Tira-se um ovo do frigorífico e ... pimba! está cozido. E os biquínis pornográficos que há nas lojas ao pé dos liceus? Hã? têm bolinhas de que cor? amarelas, claro! E qual a cor do perigo para o Kaiser Guilherme II? Ah poizé! Amarelo. Daí os semáforos e as bandeiras nas praias. O pó que eu tenho ao amarelo é tanto que nem de limonada gosto.

Sei que há quem aprecie classificações. E as cromáticas são tão úteis como outras quaisquer. Há os brancos, os pretos, os vermelhos e os amarelos. Até poderia haver verdes, mas já ninguém atura a Heloísa Apolónia. Os amarelos são aquelas pequenas criaturas de olhos rasgados, perfeitas elipses mais compridas do que altas. São pequenas, as criaturas, mas bués. Muitas criaturas que um dia, como o vulcão da Islândia, vão acordar e começar a expelir fogo se não outras coisas piores. E quando acordarem, vão dar uma sova nos Dengs (que tinha por doença tropical) que os governam e cartas no Ocidente (sempre tiveram queda para o jogo, estes malandros). Conquistarão o nosso mercado enquanto o Valentim Loureiro esfrega o olho ao Camões (um lavrador de Balongo mas que bibe agora em Gãondomáre).

Ora bem, estou com o Kaiser. (Digam olá ao Kaiser! Todos: olááááá Kaiser!). O perigo é real e avança por um dos colossos do virtual (não, não é o de Rodes - que evocava o Sol, também ele amarelo e que mata que se farta, atenção meninas que usam aqueles biquínis de que falei ! - nem o de Memnon), falo da Toshiba. Pois esses tipos deram agora em lançar uma campanha de marquetingue que consiste em oferecer os televisores que os portugueses comprem antes do Mundial, caso Portugal ganhe o Campeonato. É preciso topete. Virem para aqui estes tipos sacar-nos os euros que temos de emprestar à Grécia assumindo que tudo farão para que Portugal não ganhe porra nenhuma. Se o Pinto da Costa comprava campeonatos com um cestinho de fruta, imaginem o que podem fazer estes amarelos... Isto é possível? Pergunto: ISTO É POSSÍVEL? É, ouvi há bocado na TSF. O mundo anda perigoso. Digo isto em jeito de aviso. Tomem-no como um cartão amarelo. Começo a achar que o Passos tem razão! Isto só lá vai com uma Revisão.

Sopa de Letras homofóbica

- Esta sopa só tem maiúsculas...
- Preferias minúsculas, seu depravado?
- Antes minúsculas que másculas!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Santa Justiça


Como já foi dito, Santarém era apenas a capital do gótico. Mas agora a terra que até era mais conhecida por ter frustrado a eleição da Joana Amaral Dias, aparta-se de Paços de Ferreira, de Penacova e de Ponte de Lima, respectivamente capitais do móvel, da lampreia e do serrabulho, para ostentar mais um indisputado título: o de capital da justiça intermédia. Portanto, e para irritar Louçãs e quejandos, uma bicapital.

Flores santarenas deixaram comer-se, sendo entregues às dôtoras da propriedade industrial. Moita carrasco! que não se pode com esta concorrência!

Santarém (que de Santa tem pouco, talvez apenas a Igreja de Nossa Senhora da Graça, no seu estilo híbrido, mendicante-flamejante, que é, de resto, o do Portugal socrático) será vítima de mais caudalosas cheias, as processuais, posto que dos autos escorrem lágrimas e lama. Serão torrentes de calhamaços a inundar os noveis juízos. Serão milhares de páginas, algumas em inglês técnico, a submergir diligentes funcionárias. Serão estantes de alfarrábios hermeticamente ocultados em "pens" mais virgens que a Cicciolona (aquela artista de variedades de que o nosso Primeiro não gosta particularmente) a fustigar o que eram manjedouras de equídeos. Justiça cavalar é o que se espera em Santarém. E esperemos sentados. E antes que se faça tarde, o gótico devorará flores que, agora, são rosas...

Justiça Relativa


Para mim, que não sou de modas, Santarém é a terra de góticos e de Vacas. E mesmo góticos já há lá poucos. Emigraram quase todos para Massamá ou para outro subúrbio perto de si e os que por lá ficaram jazem silenciosos à porta de uma qualquer igreja escalabitana até que a fúria construtiva ou os ciganos espanhóis os derribem. Mas isso sou eu. Quero dizer, sou eu a pensar, já que não sou gótico, nem construtor, nem cigano e muito menos espanhol. Aliás, em minha casa até se diz "antes construtor gótico cigano do que espanhol".

Mas o nosso Primeiro, que em modas não se licenciou num Domingo e para quem a última já é obsoleta, supreendeu-nos com o anúncio da criação justiceira. Em vésperas da visita do Santo Padre, o Primeiro (que, segundo as Sagradas Escrituras será o último!) acha-se criador. E cria. Ele não crê, mas cria. Cria défices à labúrdia e agora também não um, nem dois mas três tribunais. Tudo em Santarém. Um quase superior - o da Relação - e outros especializados: um para a propriedade industrial e outro para a concorrência, regulação e supervisão. E todos ficam contentes e furibundos ao mesmo tempo. O Jerónimo acha bem o industrial mas lamenta a propriedade. O Louçã acha muito bem a regulação mas rejeita a concorrência. O Passos Coelho sorri afavelmente e acena, enquante exige uma revisão constitucional. Já o Portas acha bem a indústria mas lastima o esquecimento da lavoura, propondo o tribunal da propriedade agrícola para Vale de Prazeres.

Quem não gostou nada desta deriva foi a ala esquerda do pêésse, que começou a mandar subliminares mensagens evolucionistas. A começar por uma cadeia de mms com a foto do Rui Pedro Soares. E outra cadeia com o Vara. E se não podiam abortar os ditos tribunais, ao menos que escolhessem sede adequada. Nada melhor do que um quartel (antes que voltem a ser igrejas). E no caso, a Escola Prática de Cavalaria. A Dra Isabel Alçada já se congratulou com a escolha da Escola. Não é uma escola qualquer. É uma escola moderna, prática. Voltada para o futuro e para um simpático jardim que há-de fazer as delícias das testemunhas, quando se virem na necessidade de espera seis meses para serem ouvidas. Haverá melhor sítio para instalar um tribunal do que uma escola de cavalaria? Não, não há. Funcionários em boxes, Advogados bem ferrados e juízes, com cabeção, passados à guia. Um volteio disciplinador onde até os utentes, sobretudo os queixosos, trarão peitoral e rabicheira.

Romance Haiku - 7

Deolinda, Otelinda e Clarabela eram tudo menos isso.

Revelações de Kafka


Há portugueses que sentem que o sucesso é incompatível com as suas lusas origens. Foi assim com o Colombo (em boa hora resgatado pelo Engenheiro) e com o Dinis Machado, por exemplo. O mais sintomático sinal do défice (cá está ele a espreitar, outra vez) da nossa auto-estima é usarmos um termo pretensamente alheio, "kafkiano", para qualificar a nossa Justiça. É evidente que o Kafka tropeçou num Desembargador e trocou, pelo menos, duas palavras com um Conselheiro de um qualquer tribunal superior. Porém quer-se ignorar que "Der Prozess" foi originalmente escrito em português. Um português burilado a cinzel e que deu água pela barba aos seus tradutores alemães. Portanto, assentemos nisto: se o Camões é ibérico e o Saramago de Lanzarote, então assumamos que o Franz é muito nosso, de Santa Iria da Azóia. É o Francisco Cáfeca. E tudo o que se lhe refira é, como diria o Malaca Casteleiro, cafequiano. De resto, o Castelo, é um livro que o Chico, avant la lettre, dedica ao próprio fazedor de castelos, o casteleiro (personagem maçónica de algum mistério), e ao seu dicionário de entradas promissoras e saídas traiçoeiras, como a língua.
Pois é, o nosso Chico! Nunca ouviram a expressão "meter o chico"? também é inspirada no nosso herói e nas suas relações com a Justiça. Entrado num processo à força (como no serviço militar obrigatório), lá foi ficando e, à míngua de outras oportunidades, optou por nele fazer carreira. E são muitos os que metem o chico nas alçadas portuguesas. O Cruz, por exemplo, arguido à força há mais de 6 anos, daqui a nada tem direito a reforma antecipada imposta pelos autos. Ou os Sás Fernandess, aqui propositadamente no plural. Seja na pele de putativo-tentado-corrompido, um, seja na de delator, o outro, só se livrarão dos respectivos processos quando, num Domingo de Névoa, arribar o D. Sebastião à Torre com a sua armadura debaixo do braço. Uma autêntica muralha de aço (faço notar que o Chico também escreveu sobre a Muralha). Força, força, companheiro.
E assim termina Abril sem que tivesse verdadeiramente começado. Porque se tivesse havido Abril os cravos não murchavam e não, não havia portas na rua. Nem nas urnas. Nem urnas. Seria a vida eterna. A eterna colónia penal de que o Chico também nos falou.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A crise é um abismo, mas o governo é a ponte que no-lo permitirá travessar em segurança

Que bem falam os nossos deputados

Deputado Miguel Frasquilho, a propósito, ah, não interessa a propósito de quê:

«O Governo apresenta agora objectivos diferentes do que aqueles que...»

(texto realçado para deputados que leiam este post poderem detectar a incorrecção)

Bichas



Festa num colégio de topo do ranquingue. Demora-se mais a chegar à senhora da barraquinha do algodão doce que o país a baixar o défice. Porquê? Porque os papás, a actual elite do país, mostrando como se chega ao topo in no time, atacam directamente o início da bicha, assim dando o exemplo aos rebentos, a futura elite. Só tinha presenciado tal na Turquia, em Marrocos e no Afeganistão. Mentira - no Afeganistão, o algodão doce é estritamente proibido pelos talibãs, e quem não resiste à tentação, acaba cheio de dores de barriga. Por causa dos estilhaços.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Mau feitio pós-moderno

Tenho mais que fazer, a minha vida não é um training!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Honi soit qui mal y pense


Pode parecer mal a espíritos mesquinhos, mas pagarmos todas as semanas uma viagem em executiva Lx-Paris-Lx, mais ajudas de custo, à deputada Inês de Medeiros constitui reparação elementar de justiça. Os socialistas passaram largos anos privados dos privilégios das classes dominantes, pelo que agora é mais que justo que sejam devidamente ressarcidos. Além do mais, supõe-se que os fins-de-semana da senhora deputada sejam passados no banlieue a visitar as comunidades dos emigrantes portugueses por si representados.

Lapso Freudiano, ou Premonição?

João Miguel Tavares é um tipo que aprecio razoavelmente, mas no melhor pano cai a nódoa. Vá, não é bem uma nódoa. Vendo bem, não é nódoa nenhuma. É mais um exemplo de como o jacobinismo dominante contamina até os melhores espíritos. Na sexta passada, no «Governo-Sombra» da TSF, em vez de dizer «já conseguiram tirar os crucifixos das escolas», disse «já conseguiram tirar os crucifixos da igrejas». Dá que pensar.

O que os Vizinhos Dizem

Vasco Lobo Xavier sobre a visita do Papa e os ganapos de serviço, no Mar Salgado.

SIM! SIM! SIM! ARRASA COMIGO!




As mulheres promíscuas é que causam os terramotos, dizem os clérigos iranianos citados pela CNN.

Os vulcões, deve ser da actividade gay subterrânea, digo eu.

terça-feira, 20 de abril de 2010

A ambiguidade do texto literário

«Salários mínimos duplicaram», titula o DN Online.

Aprenda a dizer «%*&%§# de vulcão» em islandês

É assim.

Lapsos Freudianos

PR sobre as situações financeiras relativas de Portugal e Grécia:

«Não estamos na mesma situação que a nossa vizinha... enfim, vizinha afastada... Grécia.»

A Esquerda Baixa


O grande perigo da religião é confundir o amador com a coisa amada. Quem acredita no Absoluto de Deus está sempre a um passo de acreditar em si próprio como Supremo Oráculo, intérprete iluminado daquele Absoluto. Assim se explicam as cruzadas, as jihads, as fogueiras da História. Mas a pior religião é a dos que negam em absoluto toda e qualquer transcendência, e se arvoram em supremos juízes da verdade. Pior ainda se incultos, mal-intencionados ou simplesmente queixinhas. Já demos abundantemente para o peditório das lamúrias progressistas sobre os males da Igreja. Muitas baseadas em sofismas, outras em patetices, outras ainda num ódio incompreensível à Igreja, e algumas, mais maquiavélicas, no desejo secreto de minar o Cristianismo como trave-mestra da civilização, para construir dos escombros a sociedade perfeita.
Quando se acredita em absolutos de uma forma distorcida, vale tudo. O terreno não é o da argumentação racional, mas o da jihad. Não há adversário, só inimigo. Não se pretende vencer, só esmagar.
É assim que um cartoonista como António alterna momentos de génio com a falta de respeito mais soez por um ser humano, por acaso role-model de mil milhões de seres humanos, e o desenha de preservativo no nariz. Porquê? Porque está firmemente convicto, acredita - crê -, que o Papa não pode defender o preservativo. Porque a sua religião intolerante o impede de aceitar o ponto de vista alheio. E este cartoon tem renascido permanentemente como símbolo de luta por uma suposta liberdade, supostamente ameaçada pelo suposto obscurantismo da Igreja. Contribuo eu próprio para o trazer de novo à memória, pelo que serei criticado por muitos dos poucos que me lêem, com o objectivo muito simples de o expor à luz, para que seja lido desapaixonadamente. É um grito pela liberdade, ou é um achincalhamento vil? Esta imagem também vale por mil palavras. Cada um julgue por si.

Agora anuncia-se mais uma cereja no bolo. Um pateta da Associação SOS Racismo procura voluntários para distribuir preservativos, não no Bairro Alto, não na Voz do Operário, mas numa celebração que para alguns, alguns mil milhões, é sagrada, e como tal deveria ser respeitada. Distribuir preservativos nas missas do Papa em Portugal, como se anunciou, é uma ideia miserável, porque o direito de expressão não se deve confundir com a ofensa gratuita. Sobretudo quando se diz hipocritamente que não se trata de uma provocação. Discorde-se da visão do Papa. Alguns cristãos o fazem, com a discrição devida. Essa não é sequer matéria coberta pela infalibilidade papal. Mas confiem o suficiente na vossa razão para respeitar a dos outros. Distribuam preservativos no Parque Eduardo VII. As televisões, as rádios e os jornais do regime farão uma cobertura da meia-dúzia de activistas que conseguirem juntar, porque a má-educação dá sempre boas audiências. Mas respeitem ao menos uma missa. 

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Português Técnico

Citando de memória o PM na sexta no Parlamento:

«O senhor deputado quer portanto que revamos os objectivos do PEC...»

Relações impossíveis - 1

Gabriela Canavilhas e Vitalino Prova Canas

Ai benza-o Deus, Senhor Presidente do Conselho, tanta gente que fala mal de si, mas quando a gente o conhece pessoalmente percebe que eles têm é inveja que o senhor é tão bonzinho.


Romance Haiku - 6

Lech sempre desejou tirar o brevet mas estava fadado para voos mais altos.

Melhor do que uma confusão indescritível

Só mesmo o facto de ter sido causada por um vulcão inominável.

Intolerância de Ponto



Não à tolerância de ponto decidida por um governo jacobino para sacar votos a be(a)tas.
Não aos resferiados.
Não ao enésimo pretexto para férias pagas a meio da semana no Algarve.
Quem quiser mesmo ir ver o Papa, meta um dia de férias.
No tempo em que os cristãos tinham tintins, os paralíticos faziam-se descer pelo telhado para chegar ao pé do Salvador.
Agora o Salvador só se mexe se lhe pagarem a gasolina.
God.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Il ne se passe rien








Rien de rien... 
Il ne se passe jamais rien pour moi. 
Je me demande pourquoi ! 
Rien ! Rien ! Rien ! 
Il ne se passe jamais rien !... 
Rien de rien... 
Il ne se passe jamais rien pour moi. 
Je me demande pourquoi ! 
Rien ! Rien ! Rien ! 
Il ne se passe jamais rien !... 
Du matin à l'heure où je me couche, 
Tout ici est calme et banal. 
J'aimerais qu' 'y s'passe quequ' chose de louche, 
De l'imprévu, du pas normal. 
Rien de rien... 
Il ne se passe jamais rien pour moi. 
Je me demande pourquoi ! 
Rien ! Rien ! Rien ! 
Il ne se passe jamais rien !... 
Voici un couple qui murmure 
Et dans une chambre veut se glisser... 
Je devine une tendre aventure... 
Mais ils vont chacun d'leur côté ! 
Rien de rien... 
Il ne se passe jamais rien pour moi. 
Je me demande pourquoi ! 
Rien ! Rien ! Rien ! 
Il ne se passe jamais rien !... 
Rien de rien... 
Il ne se passe jamais rien pour moi. 
Je me demande pourquoi ! 
Rien !... 
Il ne se passe jamais rien !... 
Rien de rien... 
Il ne se passe jamais rien pour moi. 
Je me demande pourquoi ! 
Rien ! Rien ! Rien ! 
Il ne se passe jamais rien !... 
Deux hommes parlent à voix basse, 
Discutant pleins d'animation. 
Pour écouter, je change de place, 
Mais hélas, je n'entends que "oui, non". 
Rien de rien... 
Il ne se passe jamais rien pour moi. 
Je me demande pourquoi ! 
Rien ! Rien ! Rien ! 
Il ne se passe jamais rien !... 

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Um ex-economista-chefe do FMI diz que Portugal está à beira da bancarrota.
A EDP não admite sequer levar à AG da empresa a proposta do accionista Estado de diminuir o prémio anual (aumentando o prémio plurianual).
Pulhas.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Páginas esquecidas da História da Arte

Bosch no deboche no bosque.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A nova religião das massas


João Távora, no Corta-Fitas. Escrito a bisturi.

A última oportunidade de matar um Papa


O Sindicato dos Pedreiros vive frenético a sua última oportunidade de sujar a roupa branca do Papa. O último era popular, desempoeirado, acabou com o comunismo, reunia mais gente que aqueles encontros espontâneos por sms e, sobretudo, não tinha sotaque de Viseu. Respiraram de alívio quando ele morreu, e mais contentes ficaram quando o Conclave elegeu um novo S. Pedro que ainda tinha participado, quando cardeal, na execução de Galileu pela fogueira. Um personagem sinistro, anti-semítico, anti-islâmico, anti-estamínico e que, segundo parece, bate na avó. Agora, chegou a cereja no cimo do bolo: o homem é pedófilo, sim, pedófilo, porque encobriu pedófilos, e tão pedófilo é o que vai à vinha como que fica ao portal. Nos States, onde se processa o fabricante do fecho-éclair se se entalou o abono de família, há um advogado que quer processar pessoalmente o Papa. Já no Reino Unido, Dawkins, o ateu, ateia a fogueira, exigindo que Bento seja preso assim que pise o solo  da ilha.
Estão desesperados. São a geração que assistiu ao não cumprimento das promessas do Papa Marx para a economia. Mas têm anseios legítimos de não morrer sem assistir ao levantamento popular contra o obscurantismo dos padres. Aspiram a contemplar um amanhã sem amanhãs que não os terrenos. Querem matar o pai. Querem matar o Papa. Querem completar o que falta ao sofrimento de Cristo.
Tipos esquisitos estes. São como a formiga à boleia do elefante que comenta, eh, pá, o pó que a gente faz. Não percebem que alguém já esvaziou as igrejas, que não eles. A grande máquina mercantilista americana, com a sua ânsia de felicidade basta-juntar-água, é muito mais eficaz. Os filmes, os jogos, os reality shows, a Tyra, a Oprah, O Dr. Phil, sem quererem prender o Papa nem lhe chamarem nomes feios, estimulam o carneirismo, a alienação, o ensimesmamento. E a obesidade, e a violência nas ruas, e a pornografia, e a pedofilia. A pedofilia.
O Papa, como no fundo o Sindicato dos Pedreiros muito bem sabe, está do outro lado. É o chefe duma Igreja que se tem fartado de levar porrada, como é vocação de alguém que se dispõe a seguir Cristo, que levou porrada, ah, e morreu, por nós. Como as transições da História levam séculos a concretizar-se, a Igreja ainda tem comportamentos atávicos, do tempo em que o seu poder secular a tentava a tentar encobrir os seus pecados, sim, os seus pecados. Mas agora, iniciou lenta, mas seguramente, o caminho no sentido de pôr cobro aos abusos. Reconhece, pede perdão, quem sabe se até demais, aggiorna-se. E segue em frente.
Entretanto, figuras insuspeitas de simpatia pela Igreja vão manifestando a sua estranheza pelas diatribes dos pedreiros. Cá no torrão, por exemplo, Inês Pedrosa pergunta se só os padres são pedófilos, e porque não se sabe nunca nada dos abusos perpetrados com muito maior intensidade por figuras políticas, como ilustra demasiado bem o caso Casa Pia. E o autodesignado ateu Ferreira Fernandes vai na mesma linha. E Daniel Oliveira, apontando o dedo ao encobrimento de padres pedófilos - mas isso, também eu - também denuncia a demagogia, o sofisma, a campanha. Porque não se ouve ninguém falar dos escritos em favor de relacionamentos íntimos com crianças de tenra idade produzidos nos anos 60, no auge do amor livre, que não era amor nem livre, por um educador de infância alemão chamado Daniel Cohn-Bendit, hoje ponta-de-lança da agenda radical europeia?
Terminemos com um lugar comum tirado da Bíblia, que é em si mesma um lugar comum para gente de boa vontade, mesmo que não goste de padres: «Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa.» Retire-se as ovelhas negras do rebanho. E bordoada nos lobos.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Alguém sabe?


Quem é que patrocina o milimétrico sorriso do Dr. Passos Coelho? O tipo é muita bom!

Que susto!


Por momentos, achei que o Dr. Pedro Passos Coelho não ia fazer uma única referência ao seu guru espiritual, Dr. Nogueira Leite. Mas descansei quando disse, imperial (não, ele não disse "imperial". Ele, imperial, disse. Ou seja, disse de uma forma imperial. Não que a imperial seja enformada e vá ao forno. Fogo! Já perceberam, não já?), que não-sei-quê problemas com a barriga. Os problemas são dele a barriga do Dr. Nogueira Leite. A equipa perfeita! Fiquei mais descansado.

Rumo ao futuro...


O PSD tem nova liderança. Tão auspiciosa quanto inovadora. Eles rompem, mudam, rasgam, despedaçam, dilaceram, dissipam e desfazem. Questionam o status quo. Afrontam as regras estabelecidas. Enfrentam hábitos instalados. Defrontam as ancilosadas tradições. Desde logo gramáticas. A nova vice-presidente, Dra. Paula Teixeira da Cruz, já deixou mais claro do que o seu cabelo: os interesses devem ser combatidos "teijam eles onde tiverem". É assim mesmo!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cidadãos do mundo


Os senhores que querem ser espanhóis por causa dum centro de saúde não devem ser impedidos. Devem mesmo ser encorajados a passar ó pra lá. Nessa altura, os galegos poderão lembrar-lhes que eles próprios não querem ser espanhóis. Mas nessa altura só poderão voltar uma vez por ano, pela Páscoa. E nós ficamos com Portugal só pra nós dois, môr.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Minutas ao Minuto (2)

Para treinadores que acabaram de levar uma cabazada e ainda têm de falar na flash interview da Sport TV:


Em primeiro lugar queria dar os meu parabéns aos meus jogadores, que se bateram galhardamente, e cumpriram todos os objectivos que havíamos traçado menos o de vencer e  o de empatar e o de perder por menos de três mas o futebol é mesmo isto a outra equipa tem um leque de soluções que lhe permite articular combinações de defesa-ataque a que nem sempre nos soubemos opor, embora a espaços nos tenha pertencido a inciativa e quando assim é há que aceitar  e começar a preparar o próximo desafio.

Perguntas que nunca se sabe o que é que a gaja vai responder (2)

Ana Avoila, secretária-geral da Frente Unitária de Federações Alargadas da Função Pública, como responderá a FUFA-FP à proposta do governo?

Perguntas que nunca se sabe o que é que o gajo vai responder (1)

Sr. Tenente-Coronel Taltal, comandante da força da GNR que parte amanhã para o Afeganistão, qual é o estado de espírito das tropas à partida para Cabul?

O amor secreto de Giscard d'Estaing


No seu livro, recentemente publicado, «A Princesa e o Presidente», a crítica tem visto uma referência um pouco mais que implícita a um romance entre o ex-Presidente de França, Giscard d’Estaing, e a princesa Diana. Em particular, a dedicatória está a ser interpretada como a satisfação de um pedido de Lady Di, ao mencionar uma «promessa cumprida». Mas também a escolha das personagens deixa pouca margem à imaginação: Jacques-Henri Lambertye, presidente de França, e Patrícia, a mediática mas infeliz princesa de Cardiff.
Novas investigações revelam agora que as referências a Lady Di, embora com um fundo de realidade, resultam dos devaneios provocados pela doença de Alzheimer de que padece o ex-inquilino do Eliseu. Giscard teve de facto um romance tórrido com uma cabeça coroada, mas tratava-se nem mais nem menos de Isabel II - a Rainha. Esta, aparentemente, chamava-lhe «Wild Giscard», ou simplesmente «wild card».

Abril Sempre!

Até ao fim do mês.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Neste país nem a teoria da conspiração se aguenta

Depois do Freeport e da TVI, era de esperar que os spin doctors da situação inventassem uma contra-campanha para equlibrar a balança, mas aqui no torrão anda tudo demasiado lentamente, e os media lá de fora antecipam-se. Já imagino as próximas escutas. PM para PSP: «És um génio, pá. Os gajos com isto não nos chateiam durante usn tempos. Porreiro, pá. Quem é que tu conheces lá no Der Spiegel?» PSP para PM: «Tás enganado, Zé, os gajos avançaram sozinhos.»

Minutas ao Minuto (1)



Para ex-Ministros, ex-Secretários de Estado, Advogados, ex-Contra-Almirantes, Presidentes de Uniões Europeias, etc. , cujos nomes surjam nos media associados a corrupção submarina:

Estou de consciência tranquila. Isso não passou por [funções exercidas à época], visto que era competência exclusiva de [indicar bode expiatório]. Só espero é que o que houver a investigar se investigue com celeridade, visto que não podemos aceitar esta situação que ocorre com demasiada frequência no nosso País, em que se insinua sem que tenhamos possibilidade de nos defendermos, comprometendo o nosso bom nome e reputação. E já agora, tenho de estranhar o timing destas notícias, que indiciam uma campanha de diversão dos problemas que nos afligem e das responsabilidades que outros têm relativamente aos mesmos.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Adivinha espirituosa

P: A quem presta culto o novo líder do PSD?

R.: Ao Senhor dos Passos

O que é que este c... quis dizer com isto?

«Não nos refutamos a este tipo de investimento.» - Engenheiro da CP de Viseu, sobre investimento na linha férrea, TSF, 25.3.2010

terça-feira, 30 de março de 2010

A deriva dos Spandau Ballet do funk para a pop começou com True (1983), ou Through the Barricades (1986)?

Não faço ideia. Odeio Spandau Ballet.

Horário de verão

Faz-se notar que desde Domingo que "ésse de sapato" passa dizer-se "ésse de sandália".

segunda-feira, 29 de março de 2010

Resultados do fim de semana desportivo

Na 6ª feira, o Passos goleou os adversários directos. No Domingo, o Paços foi derrotado pela margem mínima. Semelhanças? ambos se vão afastar cada vez mais do primeiro lugar.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Romance Haiku - 5

Vitalina Boa-Morte era bipolar.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Humor núbio

A Associação Internacional dos Resorts & Spas desaconselha vivamente as massagens com pedras quentes nos desertos do Sudão. As pedras são pedras. São mesmo quentes. Mas quanto a ser massagem, a doutrina diverge.

Romance Haiku - 4

Venâncio Carqueja, apesar de querer ser cremado, cavou com vigor a própria sepultura.

Facada a sério

Balsemão, apoiante de Aguiar Branco, convidou Paulo Rangel para participar na próxima edição do Clube de Bilderberg. Com apoiantes assim ninguém precisa de adversários.

Fuja, se souber para onde.

Estou entre a espada e a parede. Deixei de acreditar que o povo é sábio, que a democracia é o pior de todos os sistemas, excepto todos os outros, e que o universo tem horror ao vazio. Pensava que o Santana, que gerou Sócrates, que gerou Ângelo, era a vacina, mas não, afinal era tão só o abcesso que anunciava a infecção. E agora, embalada pelos 35% de portugueses que a Marktest diz que dizem que acham Ângelo o melhor candidato a PM, contra, literalmente, contra, 23% de Rangel, a laranjada vai escolher Ângelo. Porque é jovem, porque é bem aparentado, tem boa dicção, e fez o trabalho de casa. E apesar de não se lhe conhecer obra, ideia, sonho de jeito. Convencidos, como eu, de que os mesmos que votam no socialista Sócrates votarão alegremente no liberal Ângelo. E muitos ficarão contentes, com o cheiro a poder, e poder regionalizado, fragmentado, caótico. Os caciques, os patos-bravos, os cunhistas, os sucateiros, os iupis, os iaus. A fraca gente quer fraco rei. E agora, três coisas podem acontecer: ou Sócrates ganha a Passos, porque se o adversário é Passos não há razão para fazer impeachment a Sócrates, e é uma desgraça; ou Passos ganha a Sócrates com maioria, e é uma desgraça; ou Sócrates e Passos empatam, e é uma desgraça. É como o Euromilhões: há uns pouquíssimos que ganham, mas a esmagadoríssima maioria sai sempre a perder. É lixado ser português.

Tcham


Carlos Sant'ana, na agência Garra Publicidade, do Porto, para o Dia Mundial do Ambiente 2009.

Desencontros

Alfredo, Godofredo e Recaredo nunca chegaram a conhecer Segrafredo. O que é natural porque eles eram visigodos e esta é uma marca de café.

Romance Haiku para uma Menina Cocó

Era uma vez e foram felizes para sempre.

quarta-feira, 24 de março de 2010

1.ª edição

Tomo e Opúsculo tinham o mau hábito de andar à lombada.

Sexo, Religião e Monarquia

Meu Deus - disse a Princesa -, tão bom!

história infantil Haiku

Era uma vez uma princesa e um príncipe que passaram um mau bocado até se encontrarem mas acabaram por viver felizes para sempre.

Romance Haiku - 3

Baptista, o autista, era homem de poucos amigos.

Romance Haiku - 2

Violeta tinha nome de flor e de instrumento e nenhum jeito para a dança contemporânea.

Sim mas...

quem é o Tanas? Barba-tanas? Ca-tanas? Pobre-tanas?

É treta (outra vez)

Essa história de termos mais doentes mentais que os outros. Seja como for, não tenho medo de ninguém! Mas não deixem que eles me apanhem!!! De onde vêm estas tarântulas todas?! Felizmente que o panda ciclope lilás chega para elas...

Treta o tanas

No governo só estão os casos perdidos. Na oposição estão os passos perdidos.

SOCORRO!

O Passos Coelho quer ser meu amigo no Facebook!

É treta

Essa história de termos mais doentes mentais que os outros. Os nossos estão é todos no governo.

Romance Haiku - 1

Astrogésilo Fanhais tinha um nome horrível e esse era o menor dos seus problemas.

terça-feira, 23 de março de 2010

Portugal país da Europa com maior número de doentes mentais.

E o Papa é católico.

Hiper, Hiper, Urra!

Uau. Os hípers com mais de 1000 m2, que em Portugal são só 80, vão voltar a poder abrir aos domingos. Que bom. Já estava farto de passear ao ar livre, ler livros, ir a concertos. Finalmente.

Este senhor, tudo o indica, será o próximo primeiro-ministro de Portugal



Talvez até não seja mau esperar um pouco, para desacreditar definitivamente os marcantónios, e os meneses, e os ruas, e os relvas. Outra hipótese é esta gente já ser maioria nos militantes, nos eleitores, e em todo o lado. Nesse caso, como diziam os anarcas em 75, «Quem está mal neste país, mude-se. O último a sair feche a luz do aeroporto.»

Este senhor, tudo o indica, será o próximo líder do PSD


Dizer mais, seria discutir o sexo dos ângelos.

Penas para Claques

Dada a propensão das claques futebolísticas para levantar pedras do chão, porque não pôr os seus talentos a render, remontar um pouco atrás na linha de produção, e pô-las a partir pedra, devidamente agrilhoadas? Fica a sugestão, e até uma próxima.

Para nascer, pouca terra...

Passos Coelho, tal como os restantes candidatos a zeladores do laranjal, sujeitou-se ao questionário da bússola política a pedido da Visão e declarou concordar com a afirmação de que ninguém escolhe o país de nascença, portanto é ridículo ter orgulho nele. Subscrevo. É, de facto, ridículo ter orgulho em Passos Coelho. O ideal seria que este pudesse determinar ao menos onde vai morrer. Longe, de preferência.

segunda-feira, 22 de março de 2010

O educador


Isto de ser educador tem as suas porras. Não bastava terem de aturar o Ministério da Educação, seja lá o que isso for, têm os professores também a mais árdua tarefa de tentar passar incólumes ao perigo que representa um ano lectivo. E passarão se passarem os passarões. Se ousarem ousar, terão hordas de alunos a aguardarem uma distracção para passarem à acção, o mesmo é dizer, para se atirarem à stôra com o fito de a atirarem ao chão, procurando aí, descido que é o nível, entre bofetões, dentadas e pontapés na boca, exibir o escalpe da docente. Indecente. Umas escapam, outras não.

O que não sabíamos era que o Secretário de Estado da dita a não tinha. Pelo menos em quantidade bastante que lhe tivesse aguçado a curiosidade de decorar as fórmulas regimentais da Assembleia ou perguntar a quem tivesse por lá passado, ou chumbado, quando o chumbo não era ainda inconstitucional, como é que se fazia. Ou, melhor ainda, como os cábulas experimentados levados agora ao estrelato pelo sistema nacional de ensino, que tivesse escrito na palma da mão esquerda, claro, o que tinha de dizer para se dirigir à Câmara da deputação. Ai, pobre nação que tem a desdita de se ver representada por uns que tais e governada por outros iguais. Com o ocaso da classe operária operou-se a caducidade do grande educador.

E, não fora agora o Dr. Jaime Gama, podíamos recear que a república condescendesse com comportamentos patéticos, posto que politicamente correctos, do Secretário de Estado João Torcato da Mata. Ou do mato, diria eu de quem usa primeiro, e de cóccix a beijar o pau da cadeira, um discordante género como "senhoras deputadas e senhoras deputados" e depois um mais alinhavado "senhoras deputadas e senhores deputados", fórmula que não seria má se fosse boa. "Tem de se levantar e a fórmula é: Senhor Presidente e Senhores Deputados". "Não, não. Desculpe mas não lhe dou a palavra". "É Senhor Presidente e Senhores Deputados". O Mata, o do mato, lá conseguiu pronunciar um castrador "Senhor Presidente", mas já não teve forças para evitar a pimpineira de um gutérrico "senhoras e senhores deputados". Coitado. Não conhece o masculino genérico e, é bom de ver, desconhecerá outras realidades ainda menos desculpáveis.
Resta-me a sensação de que o Dr. Jaime Gama não deixará os deputados ou os presidentes da república comerem de boca aberta, falarem de boca cheia ou descalçarem-se no plenário. E explicará às primeiras-damas, seja lá o que isso for, que não se dão reais palmadas nas costas de magestáticas rainhas... E ainda um dia exigirá a esta canalha toda que não ande nas sessões ordinárias em mangas de camisa. Ordinários.

PM, o negativo.


A combinação gravata branca / fato branco também é significativa.