quarta-feira, 19 de maio de 2010

Escarro, ranho e aliteratura

O Cocó anda sempre a ruminar estas ideias... e quase sempre tem razão. E di-lo chamando os bois pelos nomes. Escarro é exactamente isso. Uma expressão que não habita a literatura, o que faz deste nosso blog aliterato, posto que em três posts seguidos a palavra que não devia sê-lo pontifica. Selada pela nossa insistência nela, aprofundamos o hiato que nos separa de tudo. De todos. Já aliterato, não. Tresanda a erudição. Neológica, compósita e proposital.
Mas há, apesar de tudo, uma diferença entre o escarro e o ranho, Cocó. Como as licenciaturas que para aí pululam. Todas aparentemente iguais na sua excreção, mas com uma diferença: a saída. Para o rendimento social de inserção umas, para o subsídio de desemprego outras. Mas é, ainda assim, uma diferença. Como as há na heráldica. Ainda que se confundam no bas-fond de uma garganta funda, as mucosas sub judice têm saídas diversas. Cavidade oral o primeiro, fossas nasais o segundo. E por um segundo, achei que, primeiro, nos iríamos ocupar, nós, os do blog, das coisas do espírito. Mas não. Falemos de nhanha, inspirados pelos nossos queridos comentadores.

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