Cocó, Ranheta & Facada. Necessariamente por esta ordem. Ou não. Em terra de cegos, quem tem três olhos é troica. O país exigiu, e nós dissemos presente (que não somos de dizer prenda, como o Otelo, o do pá). Também podíamos ter dito magret de canard mas pareceu-nos afectado. Com “c”. Tínhamos demasiada praia juntos para podermos dizer que não quando a pátria nos chamou. Se não foi ela, foi o vento, ou o senhor José da frutaria em frente. Vemos, ouvimos e lemos, não necessariamente por esta ordem, e a coisa é de tal modo negra que só nos apetece ignorar. Mas ignorar é tudo o que não podemos fazer. Ou quase tudo. Também não podemos tocar piano nem falar servo-croata. Mas temos pena. Como náufragos exaustos numa fresca praia da Antárctida, mantemos-nos acordados uns aos outros para não adormecermos para sempre de inanição. E de hipotermia. A Pátria vai pelo cano, sugada pela sucata, mas nós vemos a luzinha ao fundo do cano. Se o cano fosse um túnel podia ser um comboio. Mas não é. É mesmo só um cano. Parece. Somos uma companha alegre à pesca num país triste. Reunimo-nos entre posts para evitar a goleada e, porque não, partir em contra-ataque. Ou a loiça que as pratas já lá vão. Dois é pouco, três é bom, quatro é demais. Cinco é uma mão cheia e seis é meia dúzia. Começamos aqui a reconquista. Mas sem pressas, porque será a tarefa de uma vida, não, será a tarefa de três vidas. Não pararemos nem para descansar. Quando muito ao fim-de-semana.
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